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sexta-feira, outubro 28, 2005

Sobe e desceÉ sabido que o controle da diabetes requer muito equilibrismo. No fundo, é equilibrar aquilo que se come (e que faz subir a glicemia) com a insulina que se dá (que faz descer a glicemia). Depois ainda há as outras variáveis, como o exercício físico, a doença, o stress, etc. Parece simples e costumo pensar que o consigo bem. Graças aos medidores contínuos de glicemia, consegue-se visualizar bem como a glicemia sobe desce ao longo do dia, mesmo quando bem controlada.

Este gráfico retrata o meu exercício de equilibrismo ao longo de 48 horas, ao mostrar os valores ao longo do tempo. Estão apontados acontecimentos importantes, como a alimentação, a insulina e o exercício físico. Nota-se bem que a comida faz subir a glicemia rapidamente, descendo depois graças à insulina que dei. O exercício físico faz descer a glicemia a pique, mesmo quando como chocolates (foram três seguidos). Os resultados foram obtidos usando um Glucoday da Menarini, um dos aparelhos em teste por esse mundo fora, em Janeiro deste ano.

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A Montanha Mágica
Dois diabéticos - Ernest Bladé em 1995 e Will Cross em 2004 - já tentaram alcançar o cume da montanha mais alta da terra, o Monte Evereste, com 9240m, mas não foram bem sucedidos. Agora, é a vez de Geri Winkler, um austríaco de 49 anos, um dos primeiros diabéticos a completar uma maratona e que já escalou as montanhas mais altas da América do Sul, Europa e e Antártida. Com uma diferença: Ele quer ser a primeira pessoa a subir a uma montanha com mais de 9000 m. Por isso, partiu no passado dia 14 de Outubro do Mar Morto numa bicicleta para completar os quase 800km até ao Nepal, onde tentará subir ao monte acima dos céus algures em Abril de 2006.
Nesta página, podem seguir o prosseguimento desta aventura. De momento, Geri está a passar pela Síria, depois de já ter percorrido pouco mais de 1000km.
Enfim, será que ao terceiro diabético é de vez?

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quinta-feira, outubro 13, 2005

Recomeço
A AJDP mudou-se para outros lados e este blogue, noutros tempos uma maneira de falar de diabetes e da associação, ficou orfão de motivação. O recomeço, que agora se inicia, é antes um começo de algo novo, com uma nova imagem e um novo slogan, mas também a continuação daquilo que sempre foi a ideia principal: Falar de diabetes - as bases que me parecem interessante, bem como novidades da investigação - do estado da diabetes em Portugal - estatísticas, assistência médica e a perspectiva social - e ainda dos diabéticos - aqui sou especialmente qualificado, visto ser diabético.
Espero que recupere o elan de outros tempos e, quem sabe, consiga motivar diabéticos por esse mundo fora a escreverem aqui regularmente, para que seja preenchido um espaço que muito necessita de ser preenchido em Portugal: Um debate sobre as temáticas associadas à diabetes, bem como a construção de uma espécie de rede do conhecimento da diabetes, para consulta em todo o espaço lusófono (o número de acessos a esta página a partir do Brasil já começa a ser relevante). Certamente um objectivo ambicioso.

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terça-feira, abril 19, 2005

Proteger a insulina
A insulina, como é repetidamente referido, deve estar resguardada dos extremos de temperatura. Em Portugal, tal aplica-se principalmente ao verão quente, no qual o recurso a bolsas térmicas, especialmente na praia, é aconselhável.
Desde há pouco tempo, chegaram a Portugal bolsas refrigerantes desenvolvidas especialmente para acomodar recargas, ampolas e canetas de insulina, Podem ver mais detalhes em www.freego.pt.
Seja como for, está marcada a entrada no mercado português de mais um produto há muito disponível lá fora.

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domingo, abril 03, 2005

Insulina, 2º Episódio

Quando, nos anos 70, a ciência tornou possível a produção de insulina sintética, também se tornou possível alterar a estrutura da insulina produzida. A razão para fazer tal coisa era simples: A insulina do porco, como já disse, apenas difere da humana num aminoácido(uma pedrinha colorida) e pode ser injectada numa ser humano. Contudo, demora mais tempo a agir que a insulina humana. Sendo assim, alterando um ou outro aminoácido, também poderia ser possível acelerar ou abrandar ainda mais a absorção da insulina. O resultado da investigação são os chamados análogos da insulina (análogos, porque têm uma estrutura semelhante): A Humalog, a Novorapid, a Lantus, a Detemir.
Por exemplo, a Humalog, o primeiro análogo a ser posto no mercado, também se chama Lispro, já que as pedrinhas no fim da 2ª corrente (no 28º e 29º lugar) se chamam Lis e Pro, enquanto que na insulina humana a ordem é inversa.
Os primeiros dois análogos no mercado eram mais rápidos, contudo também análogos lentos foram criados (não estando ainda disponíveis no mercado português): A Lantus e a Detemir. A Lantus, quando injectada, solidifica em pequenos cristais, que só muito lentamente libertam insulina, ao longo de ~24 horas.

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Insulina, 1º Episódio

Há coisa de um ano comecei a fazer uma animação em flash sobre a estrutura da insulina e das diferentes alterações que lhe é aplicada. A animação continua feita e há-de ser alojada, mas a explicação em texto fica aqui, desde já. Aviso, também, que a explicação é simples, não sendo preciso ter conhecimentos prévios para a perceber.
Imaginem duas correntes de pedrinhas coloridas, uma com 21 e outra com 30, num total de 51. Essas duas correntes encontram-se unidas em dois pontos (não interessa quais). O que interessa, sim, é que, na insulina, estas 51 pedrinhas têm, cada uma, uma e SÓ uma cor. Ou seja, a 5ª pedrinha da 1ª corrente tem sempre a mesma cor. E as cores podem ser repetidas. Por exemplo, a 6ª, 7ª, 11ª e 20ª pedrinhas da 1ª corrente têm a mesma cor. (As pedrinhas coloridas são aquilo a que se chama aminoácidos, que são também aquilo de que são feitas as proteínas.)
Se forem a ver a insulina de várias pessoas, verão que ela tem sempre a mesma estrutura. Já a insulina de porco e do cão, por exemplo, diferem da humana: A 30ª (e última) pedra da 2ª corrente é diferente. De resto, a insulina é igual. Contudo, apesar desta diferença, a insulina suína pode ser injectada em humanos e irá funcionar. Aliás, graças a isso é que foi possível tratar diabéticos antes de se produzir a insulina sintética (esta sim igual à humana).
Esta insulina, sintética com estrutura igual à humana, é sólida quando pura. Contudo, o seu manuseamento costuma ser feito em solução aquosa, ou seja, dissolvida em água. Pode ser injectada nesse estado dissolvido e é-o muitas vezes: O seu nome comercial é Actrapid (da Novo Nordisk) ou Regular (da Lilly) ou Rapid (da Aventis). A insulina injectada está livre de obstáculos e é absorvida pelo corpo a uma determinada velocidade.
Contudo, podem também ser adicionados compostos químicos que funcionem exactamente como obstáculos. Por exemplo, a insulina NPH (também chamada Basal e Insulatard) contém protamina, que atrasa a absorção da insulina pelo corpo. Por isso, esta insulina tem maior duração.
Também o Zinco pode ser adicionado, tendo também efeito retardante sobre a absorção, só que ainda mais que a protamina. Exemplos desta são a Lenta, Monotard, Ultralenta ou Ultratard. O problema destas é que, devido à presença de Zinco, não podem ser conservadas à temperatura-ambiente, nem em utilizadas em canetas, já que facilmente se formam cristais de zinco, que podem, por exemplo, entupir a agulha.

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quarta-feira, fevereiro 23, 2005


De perfil se vê o carácter do Kilimanjaro.

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